As vendas no comércio varejista baiano registraram em julho de 2020 crescimento de 9,7%, frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após aumentos de 7,7% e 11,1%, respectivamente em junho e maio de 2020. No cenário nacional, a expansão nos negócios foi de 5,2 %, na mesma base de comparação. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – realizada em âmbito nacional – divulgados nesta quinta-feira (10), e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.
“O crescimento das vendas do varejo no mês de julho, em relação a junho, além refletir um impacto menor do quadro de isolamento social, evidencia uma melhora na expectativa em relação ao comportamento da economia nos próximos meses. Vale destacar que esse comportamento representa o terceiro resultado positivo verificado consecutivamente nos últimos três meses, na comparação sazonal”, ressalta o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.
Em relação a igual mês do ano anterior, devido à pandemia do coronavírus, as vendas no comércio varejista baiano registraram, em julho de 2020, recuo de 2,7%. No acumulado do ano, a taxa do volume de negócios foi negativa em 10,1%.
O resultado registrado para o varejo baiano em julho releva que o setor foi influenciado pela liberação do auxílio emergencial e relaxamento das medidas de isolamento social, ocorrida nesse mês. Com uma demanda reprimida e retração no mercado de trabalho, muitos consumidores utilizaram o auxílio para iniciar o seu próprio negócio. Embora o cenário ainda seja de consumo limitado, a expectativa provocada pela abertura gradual do comércio influenciou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas que subiu 7,7 pontos em julho, para 78,8 pontos.