No Fórum Mundial pela Paz na Universidade Tsinghua, em Pequim, a ex-presidente Dilma Rousseff, atualmente residindo em Xangai e presidindo o Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS, defendendo a desdolarização e elogiou as conquistas da China no combate à pobreza. Do evento, participou Han Zheng, vice-presidente de Xi Jinping.
Dilma crticou o uso do dólar como uma arma política pelos Estados Unidos. Segundo a ex-presidente, os EUA abusam do privilégio da moeda norte-americana para fins políticos, prejudicando países e tornando o dólar uma ferramenta de pressão e controle. “Os EUA abusam do privilégio do dólar para torná-lo uma arma”, disse ela. Dilma apoia a busca por uma maior diversificação nas moedas internacionais utilizadas em transações comerciais e financeiras, reduzindo a dependência excessiva do dólar.
Além disso, Dilma destacou a dissociação e a eliminação do risco como estratégias políticas utilizadas para impedir a ascensão de novos atores na arena global. Essa prática, segundo ela, pode ser prejudicial para países emergentes e em desenvolvimento que buscam se tornar protagonistas na economia mundial. Ao levantar essa questão, a presidente do Banco dos BRICS ressalta a importância de garantir igualdade de oportunidades para todos os países e evitar a imposição de barreiras injustas.
No contexto da ascensão da China como uma potência econômica, Dilma mencionou que é difícil conter o crescimento chinês, fazendo uma comparação com a experiência do Japão. “É difícil conter a China e as conquistas da China no alívio da pobreza servem de exemplo para o mundo”, afirmou.