O êxito de Israel em interceptar o ataque iraniano, no final de semana, se deve a uma alta tecnologia de guerra do país do Oriente Médio.
Israel conta com pelo menos seis tecnologias que são referências no mundo e que podem ser exploradas em uma guerra direta contra o Irã.
Uma delas são os drones “Heron TP”. O país é hoje líder no desenvolvimento e uso de drones para reconhecimento, vigilância e ataques precisos.
Os drones podem operar em altas altitudes por períodos prolongados. E são cruciais para coletar inteligência em tempo real e executar ataques cirúrgicos sem risco para as forças humanas.
O país do Oriente Médio também conta com um dos aparatos cibernéticos mais avançados do mundo.
Em resposta a um ataque, como do Irã, a tecnologia pode desabilitar sistemas de defesa aérea, interromper comunicações e até mesmo infiltrar-se em redes para coletar informações ou causar desordem.
Israel ainda conta como três tipos diferentes de sistema antimíssil. O chamado “Domo de Ferro” é usado para a interceptação de mísseis de curto alcance.
O chamado “Estilingue de Davi” é aplicado para intercepções de médio alcance. E, para longo alcance, o “Flecha Três”.
Israel é perito no uso de inteligência artificial. Ela é usada para análises preditivas, ajudando na identificação de padrões de ataque ou na previsão de movimentos estratégicos inimigos.
Os algoritmos também podem ajudar na análise de imagens de satélite e dados de reconhecimento para identificar alvos potenciais com precisão.
Outro sistema usado é o “Jamming”, que são equipamentos que podem ser utilizados para interferir nas comunicações e no controle de drones ou mísseis inimigos.
As tecnologias são consideradas essenciais para proteger áreas importantes e desorientar a coordenação do inimigo durante um ataque.
Por fim, Israel conta com um aparato de robótica avançado. Os robôs já foram usados na Faixa de Gaza.
Eles atuam para desarmar bombas, realizar reconhecimento em áreas de alto risco ou até mesmo para patrulhamento.
E reduzem a necessidade de presença humana em cenários perigosos e podem ser equipados com sensores e armas.
O advogado Ticiano Gadelha, especialista em tecnologia, explica que a tendência das guerras modernas é que se amplie a utilização de tecnologia para diminuir o risco de baixas.
“A incorporação de tecnologias indica uma crescente dependência de soluções tecnológicas. Ou seja, cada vez menos soldados estão presentes no campo de batalha”, afirma.