Após suspender a aquisição do Twitter para conferir o número real de perfis falsos, Elon Musk afirmou neste domingo (15) que a equipe jurídica da rede social o acusa de violar o acordo de US$ 44 bilhões (R$ 222 bilhões).
“O departamento jurídico do Twitter acabou de me ligar para reclamar de que eu violei seu acordo de confidencialidade ao revelar que o tamanho da amostra de verificação de bots é de 100 perfis”, escreveu o bilionário em seu perfil no Twitter.
A multa para a quebra do acordo de aquisição anunciado há algumas semanas é de US$ 1 bilhão. Para analistas, a suspensão do negócio pode ser uma forma de Musk pedir um desconto do pagamento, uma vez que a rede social teria menos usuários ativos que são contabilizados na exibição de campanhas publicitárias — principal fonte de renda da companhia americana.
Musk disse neste domingo que ainda não viu uma análise que confirme que o Twitter tenha menos de 5% de contas falsas, conforme consta no relatório financeiro do ano de 2021. O bilionário disse que existe alguma chance de as contas falsas representarem “mais de 90% dos usuários ativos diários”.
Demissões
Parag Agrawal, CEO do Twitter, demitiu dois executivos da liderança da empresa na última semana: Kavyon Beykpour, gerente-geral de produtos de consumo, e Bruce Falck, gerente-geral de receita.
“Embora eu espere que o negócio seja fechado, precisamos estar preparados para todos os cenários e sempre fazer o que é certo para o Twitter”, disse Agrawal.
Anteriormente, Musk afirmou não ter total confiança na liderança da companhia e que pretende assumir o cargo de CEO, ainda que temporariamente.
Por enquanto, novas contratações estão congeladas na empresa, ao menos, até que haja definição sobre o futuro do acordo com Musk. A compra da rede social por US$ 44 bilhões, se efetuada, será um dos dez maiores negócios do mercado global de tecnologia — e acontecerá em meio a uma queda generalizada dos preços das ações de empresas do setor.