Os neozelandeses votaram neste sábado (14) a favor de uma mudança de governo, e o primeiro-ministro em final de mandato, o trabalhista Chris Hipkins, aceitou a derrota de seu partido nas eleições legislativas, depois de seis anos no poder.
Hipkins, que substituiu Jacinda Ardern este ano, disse que “não está em condições de formar um governo” e parabenizou o seu rival, o conservador Chris Luxon.
O Partido Nacional e o Partido ACT formaram uma coligação de centro-direita e deverão conquistar 65 assentos, portanto mais do que a maioria exigida entre os 120 assentos do Parlamento da Nova Zelândia para a formação de um novo governo. O Partido Trabalhista, que obteve uma vitória esmagadora nas últimas eleições legislativas de 2020, caminha para uma derrota severa, com uma projeção de 32 assentos.
Christopher Luxon, líder do Partido Nacional e ex-CEO da companhia aérea Air New Zealand, é amplamente cotado para suceder Chris Hipkins.
Corte de impostos
O Partido Trabalhista sofreu recentemente uma forte queda na preferência do eleitorado devido a uma sucessão de escândalos dentro do governo e do aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis. A inflação deve ultrapassar os 6% este ano na Nova Zelândia.
Luxon prometeu um corte de impostos de cerca de € 280 (R$ 1495,82) por mês para uma família de classe média, dizendo que queria financiar a diferença através de um imposto sobre moradias de luxo pertencentes a estrangeiros.
O ex-empresário espera poder chegar ao poder com os deputados do seu Partido Nacional ou aliando-se ao partido conservador ACT. Ele também poderá ter de buscar o apoio do New Zealand First, um pequeno partido populista liderado por Winston Peters, de 78 anos.
O Partido Trabalhista permaneceu no poder na Nova Zelândia durante seis anos. O governo de centro-esquerda da ex-primeira-ministra Jacinda Ardern foi elogiado, em particular, por ter fechado rapidamente as fronteiras, no início de 2020, protegendo o país da pandemia de Covid-19.
O curto mandato de Chris Hipkins foi marcado por vários desastres naturais – inundações devastadoras e o ciclone Gabrielle – bem como problemas internos que o forçaram a quatro remodelações em questão de meses.