O eleitorado mais velho em comparação última eleição, mais escolarizado e feminino irá definir nas urnas, em novembro, os rumos a serem tomados pelos 417 municípios da Bahia nos próximos quatro anos.
Pouco mais de 10,8 milhões de pessoas estão aptas a votar e serão as responsáveis por escolher os próximos vereadores e prefeitos no Estado. A análise dos dados cadastrais da Justiça Eleitoral revela que esses cidadãos estão mais concentrados e as mulheres são maioria na Bahia. O estado tem 52,4% do eleitorado feminino, 47,5% masculino e 0,007% não informado.
A faixa etária de eleitores baianos é maior entre os 35 e 39 anos (11,45%). Quanto ao grau de instrução, a maior parte do eleitorado baiano (26,27%) possui ensino médio completo. Seguido pelos que têm o fundamental incompleto (23,27%), os que leem e escrevem (13,93%), os que têm ensino médio incompleto (13,41%) e superior completo (7,9%).
Os números mostram que houve uma evolução de 2,66% do eleitorado em relação às últimas eleições municipais (2016), quando 144.088.912 pessoas estavam aptas a exercer o direito de escolher seus representantes políticos.
A Unidade da Federação que teve o maior aumento do eleitorado foi o Amazonas, que passou de 2.320.326 eleitores para 2.503.269, representando uma evolução de 7,88%. O único estado que apresentou redução no número de eleitores foi o Tocantins, que caiu 0,17% (em 2016 eram 1.037.063 e em 2020 serão 1.035.289).
Estado com a maior população do país, São Paulo continua a ser o maior colégio eleitoral brasileiro, com 33.565.294 eleitores. Houve um aumento de 2,69% do eleitorado paulista. Proporcionalmente, a capital de São Paulo representa também o maior município em número de eleitores, com 8.986.687 no total.
Já o município com o menor eleitorado é Araguainha (MT), com 1.001 eleitores. Essa cidade também foi o menor colégio eleitoral de 2016, perdendo o posto em 2018 para Serra da Saudade (MG). Agora, em 2020, volta a ser o menor. Outra curiosidade é que o município de Boa Esperança do Norte, também em Mato Grosso, realizará eleições para escolher prefeitos e vereadores pela primeira vez.
Biometria
Diante das medidas sanitárias adotadas a partir da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19), a Justiça Eleitoral decidiu excluir o uso da biometria como meio de identificação nas eleições deste ano. No entanto, os dados mostram um avanço significativo na coleta dos dados nos últimos quatro anos. Enquanto, em 2016, 46.305.957 pessoas foram identificadas a partir das impressões digitais, em 2018, esse número saltou para 87.363.098 e, em 2020, já soma 117.594.975. Esse avanço significa que 79,50% dos eleitores brasileiros já estão identificados pela biometria.
O ministro também informou outros dados durante a entrevista coletiva, como o número de partidos, que atualmente são 33 devidamente registrados no TSE, e o número de zonas eleitorais em todo o país, que chega a 2.645. Ao todo, existem 473.527 urnas em condição de uso para as eleições deste ano.