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sexta-feira 15 de julho de 2022 às 14:57h

Eleitorado de 156,4 milhões de brasileiros é o maior já registrado pela Justiça Eleitoral

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Eleitorado de 2022 cresceu 6,21% em comparação a 2018

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta sexta-feira (15) que 156,4 milhões de eleitores estão aptos a votar nas eleições de outubro, número recorde na história eleitoral do país. São 9,1 milhões de eleitores a mais que em 2018 (crescimento de 6,21%).

Contribuíram para esse aumento os jovens de 16 e 17 anos e as pessoas com mais de 70. A quantidade de eleitores dessas faixas etárias — que não são obrigados a votar — aumentou em relação à eleição de 2018.

Após uma intensa campanha do TSE que envolveu influenciadores digitais, artistas e políticos, o eleitorado de jovens de 16 e 17 anos cresceu 51,13%. Essa faixa etária registrou 716.164 eleitores a mais que em 2018.

Houve ainda um aumento significativo dos eleitores com mais de 70 anos. Agora, são 14,8 milhões, o que representa 2,8 milhões (23,82%) a mais que no último pleito.

A maior parte do eleitorado é formado por mulheres. São 82,3 milhões de eleitoras, que representam 52,65% do total. Os homens são 74 milhões (47,33%).

Por regiões

Quase metade dos eleitores está no Sudeste. Depois Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. O maior colégio eleitoral do país é São Paulo, com 34.667.793 eleitores, ou seja, 22,16% do eleitorado. O estado com o menor número de eleitores é Roraima, com 366.240 pessoas aptas a votar em outubro, o que corresponde a 0,23% do eleitorado brasileiro.

As cinco cidades com os maiores colégios eleitorais do país são: São Paulo (9.314.259), Rio de Janeiro (5.002.621), Brasília (2.203.045), Belo Horizonte (2.006.854), Salvador (1.983.198).

Os menores colégios eleitorais ficam nos municípios de Borá, em São Paulo (1.040 eleitores); Araguainha, em Mato Grosso (1.042 eleitores); Serra da Saudade, em Minas Gerais (1.107 eleitores); Engenho Velho, no Rio Grande do Sul (1.213 eleitores); e Anhanguera, em Goiás (1.234 eleitores).

Entre os 10 locais de votação com maior eleitorado do Brasil, quatro dele são de São Paulo, totalizando 66.656 eleitores. Outros três estão na Bahia – juntos, têm 49.947 eleitores.

A maior parte do eleitorado tem o ensino médio completo. São 41.1 milhões de eleitores com essa formação. Outros 17,1 milhões já concluíram o ensino superior e ainda são 6,3 milhões de analfabetos.

De acordo com dados do TSE, a maior parte do eleitorado já vai poder votar com a biometria, sistema que utiliza a digital para identificar eleitoras e eleitores e que confere maior segurança. São 118 milhões de brasileiros que podem usar a ferramenta (75,52%).

Eleitores com deficiência são 1,2 milhão.

Voto no exterior

Aumentou o número de brasileiros que votam no exterior. O número de eleitores aptos a votar neste ano alcançou a marca de 697.078, 39,21% a mais que em 2018 – que teve 500.727 pessoas habilitadas a votar em outros países. Em relação a 2014, o número quase dobrou: naquela eleição, foram 354.184 eleitores com condições de participar do pleito fora do Brasil. O voto no exterior será exercido por 0,45% do total do eleitorado brasileiro.

Nome social

O número de eleitores que vão votar com o nome social em 2022 alcançou 37.646 pessoas. Em 2018, foram 7.945 pessoas que votaram com o nome pelo qual se identificam— crescimento de 373,83%. Neste grupo, 20.129 pessoas se apresentam com nome feminino. Outros 17.517, com o nome masculino. O nome social é a garantia do uso de um nome que corresponda a um gênero pelo qual uma pessoa se identifica e se coloca no mundo.

Fachin vê ‘pujança cívica’

O presidente do TSE, Edson Fachin, afirmou que os dados mostram o engajamento do brasileiro.

“Os dados que hoje divulgamos sobre o eleitorado brasileiro demonstrar a pujança cívica no Brasil são mais de 156 milhões de eleitores e eleitoras que compõem no cadastro eleitoral o maior eleitorado da história brasileira. É com esta perspectiva de organizar, de preparar e de realizar eleições que são essenciais para democracia, que são essenciais para o Estado Democrático de Direito que o Tribunal Superior Eleitoral torna público o resultado final da sistematização do cadastramento eleitoral no Brasil”, afirmou.

O ministro voltou a destacar a segurança e a confiabilidade do sistema de votação.

“É um serviço que a Justiça Eleitoral presta como aliás tem feito em 90 anos de existência, em mais de 25 anos do sistema eletrônico de votação em prol da democracia, de um sistema seguro, transparente e auditável”.

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