As eleições de 2024 terminaram segundo levantamento de Guilherme Amado, colunista do Metrópoles, com um total de R$ 1,095 bilhão doado por pessoas físicas a partidos e candidatos durante a campanha, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Doações deste tipo e o dinheiro dos fundos eleitoral e partidário são os únicos meios de bancar as despesas eleitorais no Brasil desde o pleito de 2016 — em 2015, o STF proibiu doações de empresas.
O valor total doado neste ano superou os das eleições gerais de 2022, quando os doadores distribuíram R$ 929,8 milhões às campanhas e partidos, e o de 2018, ano em que o montante foi de R$ 560,7 milhões.
As duas eleições municipais anteriores foram, até agora, as que mais envolveram recursos doados por pessoas desde o veto ao dinheiro de empresas nas eleições: em 2016, R$ 1,3 bilhão; em 2020, R$ 1,1 bilhão.
Já o valor em despesas eleitorais informado ao TSE até agora, e que ainda pode aumentar, foi de R$ 4,5 bilhões. Trata-se do segundo valor mais alto desde 2016, superado somente pelos R$ 6,6 bilhões de 2022.
Assim como nos pleitos de 2018, 2020 e 2022, o campeão de dinheiro aportado em caixas eleitorais e partidários em 2024 foi o bilionário Rubens Ometto, dono da Cosan. Neste ano, Ometto fez doações em um total de R$ 18,6 milhões, distribuídos suprapartidariamente à esquerda, ao centro e à direita e que ajudaram a eleger 71 candidatos.
O segundo maior financiador de campanhas de 2024, o empresário José Ricardo Rezek, doou R$ 5,9 milhões, menos de um terço do valor desembolsado por Ometto.