Começa nesta quinta-feira (3) uma das etapas do calendário eleitoral mais aguardadas por parlamentares e dirigentes de partidos políticos de todo o Brasil: a chamada janela partidária.
Entre 3 de março e 1º de abril de 2022, deputados federais e estaduais poderão trocar de legenda sem risco de perder o mandato e definirem a sigla pela qual deverão disputar as eleições de outubro.
Para caciques de diversos partidos, a janela é vista como o “pontapé inicial” do ano eleitoral, pois é somente depois dela que todas as principais estratégias e alianças eleitorais serão de fato definidas.
“É a primeira eleição do ano. Seguida pelas convenções partidárias e pela campanha eleitoral em si”, resumiu à coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, o líder de um partido no Congresso Nacional em reservado.
Partidos como o União Brasil e o PL serão profundamente afetados pela janela. O primeiro deverá perder boa parte dos bolsonaristas que foram filiados ao finado PSL.
Já o segundo deverá ser a nova casa dos aliados do presidente Jair Bolsonaro, que está filiado ao PL desde 30 de novembro de 2021. Deputados com mandato deverão ter prioridade para buscar a reeleição.
Isso mexe diretamente com a composição das chapas que disputarão vagas noa Câmara dos Deputados. Nesta eleição, cada sigla terá o limite de 100% mais um no número de candidatos por vaga.
Isso significa que, no Distrito Federal, por exemplo, que tem atualmente oito cadeiras na Câmara dos Deputados, cada legenda só poderá lançar até nove candidatos a deputado federal.