Conforme a coluna de Levi Vasconcelos no jornal A Tarde, ao autorizar a realização de convenções partidárias entre 20 de julho e 5 de agosto por videoconferência, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) só fez de novo uma coisa, o uso da internet para encontros virtuais, o que antes era algo festivo, com discursos, palmas, beijos e abraços. Segundo a publicação, o calendário ainda é o mesmo para as eleições, ou seja, votação em 4 de outubro.
De acordo com Eures Ribeiro (PSD), prefeito de Bom Jesus da Lapa e presidente da UPB, os prefeitos esperneiam e ele diz que ‘grita’ pelos colegas. “É uma questão de bom senso, não há condições de se disputar eleições numa circunstância dessas”, desabafa Eures.
Presidente do TSE
Ainda conforme a coluna, se na ponta o sentimento é esse, na outra, a de cima, de concreto há uma PEC tramitando no Congresso propondo o adiamento das eleições para 6 de dezembro, o primeiro turno, e 20 o segundo. Para além disso, o ministro Luís Barroso, agora presidente do TSE, intransigente opositor de prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores, diz que as eleições acontecerão, mas faz uma ressalva emblemática:
“Se não houver risco para a saúde da população”.
E a pergunta de Levi é: e se houver? Ou melhor, se a pandemia não tiver em declínio com preveem as autoridades?
Barroso trata o assunto com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AC), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas com reservas.
Coisas da Covid. Em outros tempos, segundo Levi Vasconcelos, o São João em ano eleitoral ganhava o tempero político. Agora, tudo é incerteza.