Desde o início da campanha eleitoral, em 27 de setembro, 6 candidatos a prefeito desistiram de disputar as eleições nas capitais brasileiras. Outros 11 têm a candidatura questionada na Justiça Eleitoral por não atender a algum requisito legal –para nove deles, ainda cabe recurso.
Dois dos que desistiram justificaram segundo reportagem do G1, não ter condições de saúde após terem contraído Covid-19: Carlos Madeira (Solidariedade), em São Luís (MA), e Fernando Pinto (Novo), em Natal (RN).
O primeiro turno das eleições 2020 acontecerá em 15 de novembro. O segundo turno, nas cidades onde houver, está marcado para o dia 29 de novembro. Há 308 candidatos a prefeito na disputa das capitais.
Veja a lista de desistentes e barrados:
Desistentes:
São Luís (MA) – José Adriano Cordeiro Sarney (PV), que argumentou que teria pouco tempo de TV e não seria possível participar dos debates, e Carlos Madeira (Solidariedade), por questões de saúde: ele teve Covid-19 e disse que não se recuperou totalmente;
João Pessoa (PB) – Pablo Honorato Nascimento (PSOL), por motivo não informado;
Rio de Janeiro (RJ) – Cristiane Brasil (PTB), presa em setembro e libertada em outubro, e Hugo Leal (PSD), que desistiu ainda durante as convenções para apoiar Luiz Lima, do PSL;
Natal (RN) – Fernando Pinto de Araújo Neto (NOVO), por não ter condições de saúde após contrair Covid-19.
Barrados pela Justiça:
Fortaleza (CE) – José Loureto Barroso Souza (PCO), por problemas na documentação;
Goiânia (GO) – Gustavo (DC), Antônio Vieira Neto (PCB) e Vinícius Gomes da Paixão (PCO), os três por problemas na documentação;
Campo Grande (MS) – Thiago de Carvalho Assad (PCO), por problemas de documentação, e Loester Trutis (PSL), substituído por Vinicius Siqueira pelo partido;
Curitiba (PR) – Diogo Furtado (PCO), por problemas de documentação;
Recife (PE) – Victor Assis (PCO), após o partido ter a candidatura indeferida por não ter representação no Recife.
Porto Alegre (RS) – Luiz Delvair (PCO), por problemas na documentação;
Porto Velho (RO) – Ted Wilson de Almeida Ferreira (PRTB), com base na lei da ficha limpa. O partido então indicou Leonardo Luz para concorrer;
São Paulo (SP) – Filipe Sabará (NOVO), após o partido ter pedido exclusão da chapa;
Wilson Précoma, candidato a prefeito em Boa Vista (RR), e Antonio Carlos, em São Paulo (SP), ambos do PCO, chegaram a ter as candidaturas indeferidas na Justiça Eleitoral, mas recorreram e obtiveram o direito a participar das eleições.
Sem julgamento
Além dos casos acima, já julgados pela Justiça Eleitoral, outros ainda aguardam uma definição de suas candidaturas nas capitais.
Em Belo Horizonte (MG), por exemplo, o candidato Bruno Engler de Almeida (PRTB) se registrou em duas chapas, e com dois vices diferentes: Mauro Quintão, apresentado na convenção do partido, e Coronel Cláudia. A candidatura continua aguardando um julgamento para decidir o impasse.
Na capital do Espírito Santo, Vitória, Fabio Louzada entrou para a disputa a prefeito da capital pelo MDB, apesar de o partido já estar em uma coligação apoiando o candidato Delegado Pazolini (Republicanos).
Devido à coligação, o partido deixou de apoiar Fabio, que aguarda julgamento do TSE para sua candidatura.