O secretário da Saúde de Salvador (SMS), Leo Prates (PDT), não descartou, em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia divulgada nesta terça-feira (23), a possibilidade de a eleição de 2022 ocorrer em meio à pandemia da Covid-19, como aconteceu no pleito do ano passado. No entanto, o titular da SMS considera que as chances são baixas. Na eleição do ano anterior, muitas aglomerações foram ocasionadas, o que ampliou o número de pacientes com coronavírus, segundo autoridades da saúde.
“Sim, existe [chance de a eleição ocorrer na pandemia]. Mas não é grande não, porque precisamos vacinar 70% da população. Acho difícil não conseguir até agosto do ano que vem”, avaliou Prates. Por causa da pandemia, muitos eleitores deixaram de comparecer às urnas no ano passado. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no Brasil, o registro foi de 23,14% de abstenções, o maior índice para pleitos municipais dos últimos 20 anos. Para efeito de comparação, na eleição municipal de 2016, a abstenção foi de 17,6% no primeiro turno e no anterior, em 2012, a taxa foi de 16,9%.
No pleito do próximo ano, os eleitores votarão para presidente da República, governador, senador, deputado federal e estadual. Sobre a vacinação, Prates afirmou que um nove lote de vacinas deve chegar nesta semana à Bahia. O titular da SMS justificou porque nem ele nem o secretário estadual de Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas, ainda não se vacinaram, apesar de estarem na linha de frente da pandemia.
“Tivemos que priorizar os trabalhadores [da saúde] da ponta. Ainda não vacinamos o nível central nem da Sesab (Secretaria Estadual de Saúde) nem da SMS (Secretaria Municipal de Saúde), e está sem previsão”, declarou.