Confira trecho da entrevista do presidente do diretório estadual na Bahia, Éden Valadares, ao jornal Tribuna, onde comenta sobre as eleições em 2022 junto aos partidos aliados.
Como está o diálogo com os demais partidos da base, como o PSD e o PP, que também afirmaram a possibilidade de disputar o governo do Estado?
Éden Valadares – Nós entendemos como legítimas as pretensões de todos os aliados. São partidos importantes, com grandes quadros, não só estes você citou, mas também o PCdoB, o Podemos, o PSB de Lídice da Mata, PP de João Leão e o PSD do senador Otto. Mas entendemos que o PT pode também pleitear e apresentar aos partidos aliados e ao conjunto da sociedade baiana alguém da qualidade e da capacidade do companheiro Jaques Wagner. Foi um grande governador, inaugurou o processo de democratização da Bahia, tem uma visão de mundo moderna, antenada com as melhores práticas do Brasil e do mundo, enfim, dispensa apresentações. Entendemos que Wagner é quem reúne as melhores condições para manter a unidade do nosso grupo e representar o nosso projeto, o projeto de Lula, Wagner e Rui Costa na Bahia.
Há risco de rupturas? Comenta-se que o PP tem dialogado bastante com o grupo da oposição…
Éden Valadares – Desconheço e não acredito nisso. Temos uma boa relação, uma excelente parceria. Veja, do ponto de vista da política, essa nossa experiência é uma grande novidade na Bahia. Qual era o padrão anterior e que é defendida por ACM Neto? O mandonismo. Uma política onde se tem chefe, em que manda quem pode e obedece quem tem juízo. Vivíamos na Bahia o controle sobre a imprensa, tutela sobre o Judiciário, sobre a atividade empresarial e as oposições não eram tratadas enquanto adversários, mas sim como inimigos. Superamos esse tempo. Inauguramos a era da democracia, do respeito, do diálogo. Ninguém quer andar para trás. Então sou um entusiasta de que nosso grupo não só chegará unido e forte, como pode até ser ampliado.