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Eleição 2018 criou o ‘comércio de lideranças’

sábado 6 de outubro de 2018 às 18:18h

“Quando os homens são puros, as leis são desnecessárias; quando são corruptos, as leis são inúteis”

Frase dita por Thomas Jefferson, ex-presidente dos EUA

A proibição de doações empresariais para campanha, instituída a pretexto de lavar as eleições das sujeiras apontadas pela Lava Jato, não foi a melhor das estratégias para atingir tais objetivos, muito pelo contrário, gerou outro tipo de corrupção, o mercado de lideranças, conforme gritaria generalizada de deputados estaduais de todos os lados.

O xís da questão é que o modelo de financiar campanhas via Fundo Partidário saiu pela culatra. O dinheiro ficou fácil para deputado federal, muito pouco para estadual e nenhum para os novos candidatos. No tempero, o direito de quem tem dinheiro doar a si próprio.

Grito de desabafo

Disso resultou, que este ano proliferou a pleno vapor o comércio de lideranças, especialmente vereadores e chefes políticos do interior. Ou seja, o que antes se fazia com a contratação de mini-trios e afins, dando aquele clima festivo, descambou para botar dinheiro no bolso dos tais líderes, eleitos como potenciais cabos eleitorais.

Esta semana um deputado bradou nos corredores da Assembleia a alto e bom som:

— Esta é a eleição mais corruptas da história!

Contam que em Santa Maria da Vitória uma liderança se vendeu três vezes, primeiro a um, depois a outro e finalmente ficou com um mais endinheirado.

O professor Ney Muniz, de Cruz das Almas, admite:

— Eu fui assediado.

 

Por Levi Vasconcelos

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