Nos Estados Unidos, um juiz federal alertou Donald Trump na quarta-feira (17), que ele poderia ser expulso do julgamento por difamação se ele continuasse fazendo comentários depreciativos que o júri pudesse ouvir. A ação foi movida pela escritora E. Jean Carroll, que pede US$ 10 milhões em indenização.
A ameaça do juiz Lewis Kaplan veio depois que um advogado de Carroll disse que Trump estava falando alto com seus advogados durante o depoimento da escritora. A jornalista acusa o ex-presidente de mentir, ao negar em 2019 que ele a estuprou décadas antes.
Carroll, de 80 anos, colunista da revista Elle por 27 anos, testemunhou que o ex-presidente dos EUA destruiu sua reputação e está buscando pelo menos US$ 10 milhões em danos.
O juiz alertou Trump e pediu para que ele abaixasse o tom.
“O Sr. Trump tem o direito de estar presente”, disse Kaplan. “Esse direito pode ser perdido e pode ser perdido se ele continuar perturbando e se ele desconsidera ordens judiciais”, alertou o juiz.
“Sr. Trump, espero não ter que considerar excluí-lo do julgamento”, disse o juiz. “Eu entendo que você provavelmente está muito ansioso para que eu faça isso”, complementa.
Trump disse que quer testemunhar em sua defesa, mas não é obrigado a comparecer ao tribunal.
Após a audiência, republicano disse em uma coletiva de imprensa, que Kaplan era um “juiz sujo. Ele é um cara que odeia Trump, e é óbvio para todos no tribunal. É uma desgraça, francamente, o que está acontecendo. É uma desgraça. É provavelmente uma das razões do nosso país ir para o inferno.”
Os múltiplos julgamentos criminais e civis de Trump se tornaram um foco de sua campanha para a Casa Branca em 2024.
Trump muitas vezes usa suas dificuldades legais para reunir apoiadores e arrecadar fundos enquanto busca a nomeação presidencial republicana, denunciando os casos como parte de um plano político.
Ele se declarou inocente em quatro casos criminais estaduais e federais, incluindo dois alegando que tentou reverter o resultado das eleições de 2020 que deram vitória a Joe Biden.