A Giuliana Flores, maior e-commerce de floricultura do país, garante conseguir entregar produtos em qualquer lugar do planeta. Como isso é possível? Segundo o fundador e CEO da empresa, Clóvis Souza, o segredo são as parcerias.
“Entregamos em qualquer lugar do mundo. E nós, de fato, recebemos pedidos de praticamente todos os continentes, com foco na Europa e Estados Unidos. Hoje, conseguimos efetuar uma entrega em Miami em cerca de 24 horas”, diz Souza.
Atualmente, são mais de 300 marcas que anunciam seus produtos no site da Giuliana Flores, além de 800 floriculturas parcerias de todo o país e no exterior, o que permite a entrega em prazos enxutos. Um pedido por um arranjo de flores para ser entregue a quilômetros da capital paulista, por exemplo, podem ser atendido em até 90 minutos, segundo a empresa. Caso o local da entrega esteja muito distante da sede da empresa, os parceiros entram em ação e encaminham o pedido realizado.
Em 2023, a empresa realizou mais de 850 mil entregas. A empresa não informa a receita anual.
Quem é a Giuliana?
A empresa foi fundada em 1990 e o nome foi uma homenagem a uma ex-namorada de Souza. A sua então sogra, inclusive, entrou como sócia na época, mas deixou o negócio após o término do relacionamento.
A paixão por flores começou ainda na infância. A família de Souza morava em um sobrado, na parte de cima de um imóvel onde funcionava uma floricultura. Ele conta que tinha o costume de brincar na frente da loja, até que sua mãe foi até o local para pedir um emprego para ele.
“Fui aprendendo a profissão e fiquei apaixonado. É gratificante produzir um arranjo elogiado pelo cliente. Fui me aperfeiçoando e notei que já estava preparado para algo mais”, relata o CEO.
Aos 17 anos, ele decidiu sair do emprego em busca de novas oportunidades. Por conta de sua experiência, ainda chegou a trabalhar como freelance em outras três floriculturas. Aos 19 anos, decidiu abrir a sua própria floricultura em São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo. Nascia a Giuliana Flores.
Adaptação a novos modelos de consumo
Nestes mais de 30 anos, a Giuliana Flores foi adaptando o negócio às mudanças de hábitos de consumo do brasileiro. Uma das primeiras mudanças foi a percepção de que os consumidores não compravam mais tantas flores para visitar cemitérios, por exemplo.
A grande virada da empresa, no entanto, foi com a entrada no e-commerce. Foi ainda em 2000, que a Giuliana Flores lançou seu primeiro catálogo na internet. A ferramenta não operava transações e nem registrava os pedidos, mas funcionava como um atrativo para que os clientes pudessem conhecer os tipos de arranjos, produtos e preços praticados.
“Criamos uma página com um catálogo dos nossos produtos. Incluímos ali os arranjos disponíveis, produtos e preços praticados. Inserimos um telefone para contato e era por ele que as pessoas nos procuravam para realizar os pedidos”, conta Souza.
A partir daí, a Giuliana Flores focou no trabalho de parcerias. Clientes do Bradesco, por exemplo, recebiam, junto à fatura de seus cartões, cupons de desconto para comprar na loja. Poucos anos depois, a marca lançou uma loja virtual, onde os clientes podiam fazer os pedidos e o pagamento, e a logística da rede realizava as entregas. E, desde 2010, toda infraestrutura tecnológica de e-commerce é comandada pela própria empresa.
O preço dos arranjos de flores no site da empresa podem variar entre R$ 49,90 e R$ 9 mil, a depender de produtos adicionais.
Lojas físicas e vendas em máquinas automáticas
Além do portal de vendas, a rede possui hoje seis lojas em operação, além de quatro quiosques. A expectativa é alcançar 15 espaços físicos até o final de 2024. Mas, de acordo com o fundador, elas servem mais como experiência para o consumidor, já que o grosso dos pedidos são recebidos via internet.
Recentemente, além dos canais físico e online, a Giuliana Flores lançou máquinas automáticas com arranjos em locais de grande fluxo de pessoas. O primeiro foi inaugurado no Terminal Rodoviário do Tietê, mas haverão outros.
Além das “vending-machines”, a empresa oferece, desde o ano passado, um serviço de assinatura de arranjos, onde o cliente pode escolher receber flores e produtos diferentes de forma semanal, quinzenal ou mensal.
Questionado se já foi procurado por empresários ou grupos de investimento desejando investir na Giuliana Flores, o empresário diz que por ora não está nos planos dividir o controle com outros sócios. “Já houve sim. Mas nunca uma proposta que brilhasse os olhos e nem que se somasse às nossas estratégias de crescimento”, diz.