É o efeito coronavírus impactando no mercado financeiro internacional e no Brasil: após a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificar o Covid-19 como pandemia e os Estados Unidos suspenderem a entrada de viajantes da Europa no país, o dólar abriu em forte alta na manhã desta quinta-feira (12) e ultrapassou, pela primeira vez, os R$ 5. Já a Bolsa fechou em queda de 14,76%, aos 72.598,16 pontos. É o maior tombo desde 1998.
Ao longo do dia, o dólar recuou em relação à máxima e chegou ao valor mínimo do dia, a R$ 4,7521. Mas ainda assim, terminou em alta de 1,41%, cotado a R$ 4,7891 – o maior recorde histórico de fechamento.
O cenário passou a ficar um pouco menos caótico após o Banco Central americano, Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês), anunciar um programa de injeção de liquidez no mercado norte-americano, de US$ 1,5 trilhão, por meio de operações de recompra de títulos.
O índice DXY, que mede o dólar ante divisas fortes, desacelerou o ritmo de alta. Às 14h10, o dólar à vista tinha alta de 1,30%, a R$ 4,7835. No mercado futuro, o contrato para abril tinha queda de 0,72%, a R$ 4,7865.
Estímulo
Com anúncio do Fed de injetar US$ 1 trilhão em liquidez ao mercado, como estímulo ao mercado, a bolsa brasileira começou a amenizar as perdas severas que vinha experimentando, impedindo o acionamento do terceiro circuit breaker do dia, que seria automático se as perdas alcançassem 20%).
As bolsas norte-americanas também entraram em circuit breaker instantes após a abertura. Por lá, as bolsas foram travadas em queda na faixa de 7,00%.