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quarta-feira 30 de janeiro de 2019 às 10:05h

Educação domiciliar é uma das metas do novo governo

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Homeschooling ou educação domiciliar. É bem provável que você já tenha escutando alguns desses termos. Mas caso a sua resposta seja negativa, entender o significado dessas palavras é muito simples. Trata-se de uma modalidade de aprendizagem onde pais ou tutores assumem a responsabilidade pela Educação Básica dos filhos em vez de enviá-los ao sistema de ensino padrão.

Amada por uns e odiada por outros, a educação domiciliar pode estar perto de ser regulamentada no país. Na última quarta-feira (23), durante a divulgação das metas da nova gestão para os 100 primeiros dias de governo, foi anunciada a pretensão de editar uma medida provisória para regulamentar o homeschooling.

A prática de ensinar as crianças em casa não é regulamentada e está vetada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a Associação Nacional de Educação Domiciliar (ANED) – instituição sem fins lucrativos, fundada há 8 anos – hoje, cerca de 15 mil crianças e adolescentes são educados nesse formato e integram uma das 7,5 mil famílias adeptas da prática.

Apesar do número de famílias que aderiram ao modelo ser grande, o assunto continua acendendo uma forte discussão legal por falta de clareza da legislação brasileira. Entretanto, os motivos que levam os pais a abraçar o método são maiores, entre eles a desilusão com o sistema educacional público e privado, receio de um convívio nocivo nas escolas ou apenas a intenção de assumir a responsabilidade exclusiva pela formação dos filhos.

A dona de casa Adna Souza é mãe de 3 filhos e todos tiveram a oportunidade de estudar em casa e em uma instituição de ensino. Com isso, ela também teve a chance de comparar o nível de desenvolvimento de cada um deles e percebeu que seus filhos se desenvolviam muito mais com o seu apoio. “A autoestima deles se elevou e aprendiam com maior facilidade as matérias que tinha dificuldade”, assegurou.

Mesmo com todo avanço, Adna não descarta a possibilidade dos seus filhos voltaram a estudar em instituições convencionais mas acredita que exista um tempo certo para isso. “Depois do homeschooling eu mudei a minha visão sobre educação. Vejo de uma forma muito mais ampla. Na escola, as crianças têm uma falsa socialização. Para mim, a melhor forma de exercitar isso é no contato com a vida em sociedade”, conclui.

Os pais que adotam o método garantem que, em casa, as crianças não ficam sem suporte, seguem um roteiro definido, com uso de apostilas e livros baseados no currículo formal escolar, mas a metodologia é diferente e exige mais disciplina. Ainda segundo a ANED, a educação domiciliar proporciona maior amadurecimento, desenvolve a disciplina de estudo e gosto pelo aprendizado, além de gerar adultos seguros e com uma autoestima sólida.

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