Eduardo Leite anunciou na tarde desta segunda-feira (28) sua renúncia ao cargo de governador do RS para disputar as eleições de 2022. Ele, contudo, ainda não disse qual posto irá concorrer. A renúncia mostra que ele não tentará a reeleição e que deve perseguir mesmo uma candidatura à presidência da república, apesar de as condições para isso ainda não estarem claras.
Leite disse que continua no PSDB e afirmou que respeita as prévias tucanas das eleições presidenciais vencidas por João Doria, mas disse que está aberto ao diálogo com as novas forças políticas que ainda não tinham se juntado aos tucanos na época da disputa interna do seu partido.
Esses atores são o MDB e o União Brasil, que combinaram com os tucanos de terem um candidato único à presidência neste ano, e o Cidadania, que deve formar uma federação com o PSDB pelos próximos quatro anos. Leite disse que as prévias são uma forma de escolha do representante do partido, mas não são as únicas.
Segundo a coluna Radar, ele não confirmou textualmente que será candidato à presidência, mas disse que está com nome a disposição para isso. “Candidatura não deve ser levada como projeto pessoal”, disse ele, indicando que espera que os novos aliados do PSDB defendam seu nome. Leite afirmou ainda que a carta de lideranças tucanas na semana passada defendendo seu nome pesou na decisão de se manter no PSDB.
A renúncia propriamente dita deve ser na próxima quinta. Quem assumirá o governo será seu vice e secretário de segurança do RS, Ranolfe Vieira Júnior, o Delegado Ranolfe. “A renúncia me abre muitas possibilidades e não me retira nenhuma. A lei exige que estejamos fora de um cargo executivo, a menos que a opção seja a reeleição. Este movimento que eu faço para me apresentar onde mais eu puder dar minha colaboração neste momento crítico no Brasil”, disse.