Filho 03 de de Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) quebrou o silêncio em contato com a coluna de Igor Gadelha, no portal Metrópoles, e saiu em defesa do pai no caso das joias doadas pela Arábia Saudita ao ex-presidente.
Em conversa nesta quarta-feira (15) com Victoria Abel, da coluna de Gadelha, o parlamentar afirmou que o pai não teve contato direto com as joias e afirmou que o caso é uma “cortina de fumaça” criada pelo PT.
Eduardo admitiu, porém, que Bolsonaro pediu para seu ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, para averiguar um presente que estava retido na Receita Federal do Aeroporto de Guarulhos.
“Ele nem teve contato com essas joias. Um ano depois, quando ele descobriu que tinha algo lá parado, pediu para o coronel Cid averiguar o que era”, disse Eduardo à coluna.
O deputado se referia ao estojo de joias femininas Chopard que foi retido pela Receita em 2021, após inspeção na mochila de um assessor do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque.
Outro pacote de joias masculinas escaparam da revista dos fiscais da Receita e chegaram às mãos do ex-presidente no final de 2022, de acordo com Mauro Cid e com o próprio ex-presidente.
“Cortina de fumaça”
Ainda à coluna de Igor Gadelha, Eduardo Bolsonaro afirmou que sua família esperava que o caso repercutisse apenas por dois ou três dias após a denúncia ser publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, em 3 de março.
O filho 03 de Bolsonaro avalia que a insistência na pauta seria uma jogada do governo Lula para abafar possíveis polêmicas. “Isso é cortina de fumaça para esconder outras coisas do PT”, disse.
Até então, apenas o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, havia saído em defesa do pai publicamente. O vereador Carlos Bolsonaro segue em silêncio sobre o caso.