O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta sexta-feira, 17, que ainda não há uma data definida para o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil. O ex-mandatário está nos Estados Unidos desde dezembro do ano passado.
Em entrevista ao Programa Pânico, da Jovem Pan News, o filho ‘zero três’ de Bolsonaro disse que o político “certamente está com vontade de voltar”, mas ainda sem perspectiva de data. “Está sendo importante para ele para pegar essa experiência e aplicar no Brasil. (…) Ele vai voltar como um guerreiro da oposição e de cabeça nas campanhas para as prefeituras”, ponderou o parlamentar. Para o deputado, o seu pai é um único “capaz de agregar” nomes da direta em um mesmo projeto, citando a eleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) ao Governo de São Paulo e dos deputados federais Ricardo Salles (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP), que ficaram entre os mais votados entre os eleitores paulistas.
“Há quantas décadas São Paulo era governado pelo PSDB? Bolsonaro quebrou isso. Tentam jogar Bolsonaro para baixo do tapete, mas ele continua sendo um grande líder da direita”, acrescentou Eduardo. Ele também disse não ver razão para que o ex-presidente se torne inelegível, ou que seja preso. “A insegurança jurídica é grande que as pessoas começam a cogitar isso, mas não vejo motivos. (…) Se tivermos uma Justiça no país, vamos perceber que não vai acontecer. O único crime de Bolsonaro foi não ter deixado as pessoas roubarem. Ele realmente secou a teta”, argumentou. Em contrapartida ao prestígio do pai, o deputado disse acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve continuar à frente do Palácio do Planalto até 2026. Na visão do parlamentar, o atual governo estaria “destruindo a economia”, o que pode pesar para a reputação do mandatário: “Lula não vai durar os quatro anos, não dura. Ele não tem um projeto de Brasil, tem um projeto de poder”.
Questionado sobre qual teria sido o erro do governo anterior que poderia ter influenciado o resultado das eleições de 2022, Eduardo admitiu que a comunicação poderia ter sido melhor, com melhores ações, mas se negou a culpar um episódio ou indivíduo pelo resultado, incluindo a deputada federal Carla Zambelli e o episódio do disparo de uma arma de fogo na véspera do segundo turno. “Não foi legal [o que aconteceu], mas é difícil atribuir a uma pessoa uma eleição inteira, é muito pesado. Mas isso não foi um erro do governo. (…) A gente tem que proteger a Zambelli [das críticas]. Legal não foi, eu teria saído ali, mas até onde sei foi um disparo acidental”, concluiu.