Eduardo Bolsonaro já tem seu cronograma montado para se tentar se viabilizar embaixador nos Estados Unidos. A conversa na manhã desta sexta com o chanceler Ernesto Araújo foi para “aparar arestas”, contou um diplomata.
O ministro foi quase o último a saber. O assunto foi tratado com Donald Trump naquela conversa, em Washington, na qual Ernesto ficou de fora. Na sala estavam apenas Trump, Bolsonaro e Eduardo.
O filho de Bolsonaro estima que em dois meses, pouco mais, será sabatinado no Senado. Até lá, vai cuidar e aguardar a burocracia do agreement, da mensagem do Executivo para o Senado indicando seu nome, e se preparar para saraivada de questionamentos da oposição.
Eduardo tem um receio: acha que seu nome passa sem maiores problemas na Comissão de Relações Exteriores, onde será sabatinado. Mas teme o plenário. Teme repetir o caso de Guilherme Patriota, que teve seu nome aprovado na comissão, mas rejeitado no plenário, por 38 a 37, em 2015, para o posto de representante permanente do Brasil na OEA. Guilherme é irmão do ex-chanceler Antônio Patriota, do governo Dilma.
A primeira viagem após ter seu nome anunciado como possível embaixador será para os Emirados Árabes e Indonésia. Será no final do mês, no recesso. Já estava prevista anteriormente, mas ganha outros ares agora.