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Um grupo de trabalho do Ministério da Defesa e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se reuniram em maio com o grupo Edge, um conglomerado estatal dos Emirados Árabes Unidos, para discutir parcerias no desenvolvimento de mísseis e foguetes, segundo a pasta. Também foi debatida a integração de armamentos na aeronave A-29 Super Tucano — um dos principais aviões de combate da FAB.
O encontro ocorreu em Abu Dhabi, na sede da empresa, uma das principais fornecedoras de armamento do mundo. O grupo Edge foi implicado em um escândalo de espionagem internacional.
A reunião com a presença do Zero Três foi revelada à época pelo site Brasil de Fato. Na ocasião, o ministério da Defesa havia imposto sigilo acerca da divulgação da ata e da lista de participantes.
Agora, vem à tona que estiveram presentes o Secretário de Produtos de Defesa, Marcos Rosas Degaut Pontes; o diretor do Departamento de Promoção Comercial da SEPROD, Antonio Ferreira de Lima Júnior; e o coordenador do Departamento de Promoção Comercial da SEPROD, Pedro Oliveira de Sá. Além, é claro, de Eduardo, que sequer integra o GT do ministério.
A pasta, de acordo com a coluna de Lauro Jardim, não explicou qual o papel do parlamentar na reunião. O ministério foi questionado a respeito de sua participação institucional por meio de um requerimento de informação apresentado pelo deputado federal Paulão (PT-AL).
O ministério se limitou a dizer que parcerias entre a Base Industrial de Defesa brasileira e o Grupo Edge “podem trazer ganhos tecnológicos e de conhecimento para ambas as partes, bem como desenvolver e produzir, conjuntamente, equipamentos militares e de emprego dual que podem não apenas suprir demandas das Forças Armadas do Brasil e dos EAU, mas também serem inseridos no mercado internacional”.
Pelo lado dos Emirados Árabes, compareceram o presidente do Grupo Edge, Faisal Al Bannai, o presidente de Mísseis e Armamentos da empresa, Hamad Al Marar; e a vice-presidente de Gerenciamento de Projetos Plataformas e Sistemas, Samia Oulmi.
