O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), voltou a criticar ordens judiciais expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que “vai chegar uma hora” em que “elas não serão mais cumpridas”.
A declaração foi feita em entrevista ao “Agora com Lacombe” conforme informou o portal Metrópoles. O programa foi exibido na noite de quinta-feira (20/8), na RedeTV!, e é apresentado pelo jornalista bolsonarista Luís Ernesto Lacombe.
“Prendem por fake news, não apresentam crime. E nem crime é fake news. Prendem por atos antidemocráticos. O que é ato antidemocrático? Prendem por milícia virtual. Vai chegar uma hora em que essas ordens, infelizmente, da maior Corte, do mais elevado nível do Judiciário nacional, não vão ser cumpridas, se continuar desse jeito”, disse o deputado.
Em um vídeo gravado em 2018, Eduardo afirmou que, para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF), “basta um cabo e um soldado”.
Nas imagens, gravadas antes do pleito, o filho do então presidenciável respondia a questionamento sobre a possibilidade de o STF impedir a posse de Jair Bolsonaro, caso ele fosse eleito em primeiro turno. Após repercussão, Eduardo disse que a fala foi dita em “tom jocoso”.
Voto impresso
O deputado também acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de querer fraudar as eleições de 2022 e garantir a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O TSE não permitiu a entrada do voto impresso com contagem pública porque eles querem fraudar as eleições do ano que vem. Soltaram o Lula, tornaram elegível e as pesquisas estão colocando ele como ganhando no 2º turno com 60% dos votos. Pra mim, isso não é coincidência”, disse o parlamentar.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso foi derrotada na Câmara dos Deputados há cerca de duas semanas. Parlamentares já deram o assunto como encerrado, mas Bolsonaro e sua claque vêm insistindo nos questionamentos sobre o sistema eleitoral brasileiro.
O chefe do Executivo federal chegou a realizar uma transmissão ao vivo na qual apresentaria provas de suposta fraude, mas apenas requentou denúncias já desmentidas pelas autoridades.
Em razão dos ataques ao sistema eleitoral, o ministro do STF Alexandre de Moraes incluiu Bolsonaro como investigado no inquérito que apura a divulgação de informações falsas.