O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) condenou nesta sexta-feira (15) a avaliação de que as explosões em Brasília teriam enterrado o PL da Anistia, que visava conceder o perdão aos réus dos ataques antidemocráticos do oito de janeiro. Segundo o parlamentar, há um “propósito malicioso” em associar os episódios.
“Essa tentativa de manipulação revela não apenas uma distorção inaceitável dos fatos, mas também o propósito malicioso de atrapalhar o andamento do Projeto de Lei da Anistia, um passo essencial para a pacificação nacional e o reestabelecimento da normalidade institucional no país”, disse o deputado.
Em nota pública, Eduardo afirmou que as bombas disparadas por Francisco Wanderley Luiz na última quarta-feira se trataram de um suicídio e não um “ataque aos Poderes Constituídos”. O deputado também condenou a tentativa de associação entre o homem-bomba e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“O responsável pelo incidente teve uma candidatura mal sucedida em 2020, por uma chapa composta pelo PDT e PL, em um período no qual o Presidente Bolsonaro sequer estava filiado ao PL. Além disso, em mensagens publicadas em suas redes sociais, o autor expressou claramente sua rejeição tanto ao Presidente Bolsonaro quanto ao Presidente Lula, e demonstrou profundo descontentamento com a polarização política no país”, argumentou Eduardo Bolsonaro.
O parlamentar ainda acusou seus adversários políticos de usarem uma “tragédia” para atingir seus propósitos pessoais.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, foi candidato a vereador em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, pelo PL em 2020. Na ocasião, ele teve 98 votos.
O homem que já trabalhou como chaveiro e camelô foi identificado como o autor das explosões que aconteceram na Praça dos Três Poderes na noite desta quarta-feira. Ele explodiu o último artefato junto ao seu corpo e morreu no local.
Minutos antes, ele acionou bombas que estavam em seu veículo, nas imediações da Câmara dos Deputados. A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o caso. Segundo a Polícia Militar, houve um “autoextermínio com explosivo” nas proximidades do Supremo Tribunal Federal.