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O presidente dos EUA, Joe Biden, tira os óculos para discursar na cerimônia de formatura na Academia da Força Aérea em Colorado Springs U1º/06/2023REUTERS/Kevin Lamarque
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sexta-feira 26 de janeiro de 2024 às 06:14h

Economia dos EUA cresce 2,5% em 2023, impulsionada pelo consumo

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A economia dos Estados Unidos cresceu mais do que o esperado nos últimos meses de 2023, ano que fechou com uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5%, acima dos 2,1% de 2022, informou o Departamento do Comércio nesta última quinta-feira (25).

Com a campanha eleitoral em curso e o presidente Joe Biden em busca da reeleição, a maior economia do mundo teve um crescimento no último trimestre de 3,3% na projeção anual (a expansão do PIB em 12 meses se forem mantidas as condições no momento da medição).

O último trimestre apresentou moderação da atividade econômica, com a expansão caindo de 4,9% na projeção anual no terceiro trimestre do ano. Mas os dados ainda superam os 2% esperados pelo mercado, segundo consenso da consultoria Market Watch.

Este desempenho do PIB foi apoiado por um forte mercado de trabalho e pelos gastos dos consumidores.

Os salários subiram e, desde meados de 2023, os aumentos foram superiores aos aumentos de preços. Sendo assim, o consumo, principal motor do crescimento dos EUA, manteve-se sólido apesar do impacto da inflação no poder de compra.

A expansão do quarto trimestre “reflete aumentos nos gastos do consumidor, nas exportações e nos gastos dos governos estaduais e locais”, disse o Departamento do Comércio.

Dessa forma, os Estados Unidos escaparam de uma recessão em 2023, cenário frequentemente apontado como uma possibilidade pelos economistas, em um contexto de altas taxas de juros para conter a inflação.

“O crescimento econômico foi mais resiliente do que prevemos em 2023”, admitiu a economista-chefe da Nationwide, Kathy Bostjancic, em entrevista à AFP.

 Biden, economia e campanha

O governo, aproveitando este “pouso suave” da economia, como é chamada a expansão do PIB apesar das altas taxas de juros, tenta capitalizar os números da política econômica atribuída ao presidente democrata Joe Biden, a qual chama de “Bidenomics”.

“Os salários, a riqueza e o emprego estão mais altos agora do que antes da pandemia”, disse o presidente em nota. “São três anos consecutivos de crescimento”, acrescentou.

Biden provavelmente enfrentará um duelo com o ex-presidente republicano Donald Trump (2017-2021), que tem entre seus argumentos de campanha a boa saúde da economia americana quando comandou a Casa Branca, mas também as finanças das famílias, antes da disparada dos preços.

Os republicanos culpam Biden pela inflação. Contudo, as pesquisas que medem a confiança das famílias começam a melhorar. Essa questão é primordial para as eleições presidenciais de novembro.

Para conter a inflação, que atingiu 9,1% em junho de 2022, pico desde a década de 1980, o Federal Reserve (Fed, banco central) aumentou as suas taxas de juros 11 vezes entre março desse ano e julho de 2023.

As taxas elevadas tornam o crédito mais caro e, portanto, desencorajam o consumo e o investimento, eliminando assim as pressões sobre os preços.

Desde então, a inflação caiu para 3,4% em 12 meses, segundo a medição de dezembro.

A meta do Fed é alcançar 2%. Mas o banco central já sinalizou que o seu objetivo é reduzir as taxas de juros este ano, facilitando o acesso ao crédito para os americanos.

Na sua reunião de política monetária, na terça e quarta-feira da próxima semana, o Fed irá certamente manter as suas taxas em um intervalo entre 5,25% e 5,50%, por enquanto.

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