A economia das atividades criativas e culturais na Bahia gerou em 2018 quase R$ 8 bilhões no total da economia baiana correspondendo a 3,2% do Valor Agregado ao PIB estadual. Essas são informações do recém disponibilizado estudo da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) sobre economia criativa no estado.
O estudo seguiu a metodologia formulada pela UNESCO e referendada pelo IBGE que define um campo de atividades que compõe o segmento da economia criativa na Bahia de acordo com três domínios principais: Atividades Culturais (festas e celebrações, editorial, audiovisual, produção artística, equipamentos culturais, música e artesanato), Criações Funcionais (arquitetura, publicidade e design) e Criações Relacionada (gastronomia, atividades comerciais, de tecnologia da informação, industriais e pesquisa e desenvolvimento).
Segundo Carlota Gottschall, coordenadora do estudo “o trabalho foi elaborado com base no banco de dados do IBGE e do Ministério da Economia, a partir dos Códigos Nacional de Atividades Econômicas – CNAE referentes à economia criativa, se constituindo em um importante indicativo dos segmentos geradores de riquezas e de oportunidades de trabalho para o mercado criativo baiano. Outro mérito deste trabalho é o de servir como referencial para avaliar os impactos da crise sanitária da Covid 19. Em função da disponibilidade de dados, a série histórica trabalhada abrange o período entre 2011-2018/2019, por conseguinte poder-se-á observar o comportamento do segmento criativo antes e depois da pandemia ”.
Os dados apontam que as Atividades Culturais respondem por 25% do valor agregado gerado pela economia criativa. Os segmentos que mais se destacaram foram: Festas e Celebrações (45%), Audiovisual (24%) e Produção Artística (16%). Do ponto de vista do mercado de trabalho vê-se que 1,7% do total de ocupados na Bahia atuam no conjunto dos segmentos criativos.
Para Roseane Patriota, diretora de Economia da Cultura da Superintendência de Promoção Cultural da SecultBA, “conhecer os dados da economia criativa na Bahia se faz indispensável à formulação de políticas públicas para o setor, que comprovadamente contribui de forma importante ao Valor Agregado ao PIB da Bahia, conforme demonstrado no estudo publicado pela SEI. Acrescenta que o estudo é fruto de um Termo de Cooperação entre a SEI e a SecultBA, que visa a construção sistemática de informações sobre os indicadores culturais da Bahia. Este é o primeiro boletim e outros estão sendo discutidos pela parceria”.
Acesse agora mesmo o estudo: Boletim de Economia Criativa na Bahia 2021
Para ampliar o debate acerca das temáticas relacionadas à cultura na Bahia, a SEI, disponibiliza no seu site uma aba sobre a temática Cultura, que além do estudo lançado, Boletim de Economia Criativa na Bahia 2021, contempla estudos relacionados a festas culturais, como, Efeitos do Des-Carnaval 2021 e das Festas de Verão para a Economia Soteropolitana. dentre outros que serão divulgados posteriormente pela instituição.