O governado de São Paulo, João Doria (PSDB), se “amargamente arrependido” pelo apoio dado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições presidenciais de 2018. Na época, foi cunhado o termo “bolsodoria”, por eleitores de ambos os políticos.
“Amargamente arrependido. Não tenho compromisso com o erro. Foi um enorme erro, meu e de milhares de brasileiros. Nós temos um governo que de liberal só tem o discurso. É uma tristeza para o Brasil. Foi o governo da ‘rachadinha’, e que protege os seus filhos. ‘rachadinha’ é crime”, afirmou, citando a investigação sobre o filho mais velho do presidente, Flávio Bolsonaro, em um esquema de devolução ilegal de salários na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
Doria evitou confirmar que será candidato em 2022, dizendo que só vai “tratar de 2022 em 2022”. Sobre o convite do PSDB para que o apresentador Luciano Huck se filia-se ao partido como um nome para a próxima eleição, disse “desconhecer esse convite”.
Em seu segundo cargo na política — antes de ser governador cumpriu pouco menos de meio mandato como prefeito de São Paulo —, Doria diz que se vê “mais experiente”.
“A cabeça não é a mesma, mas mantenho a minha cabeça liberal. Sou mais experiente. É isso. Experiência pública conta muito. Só não ensina para quem não tem humildade. E experiência é fundamental. Veja a experiência de Jair Bolsonaro, que nunca administrou nada. Nem o condomínio dele ele é capaz de administrar”, completou.