O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prometeu nesta última quinta-feira (9) tomar medidas mais rigorosas caso a adesão popular ao isolamento social não cresça espontaneamente até o começo da semana que vem. Entre essas medidas estão a aplicação de multa e até a prisão de quem desrespeitar o distanciamento, visto como essencial para mitigar a propagação do novo coronavírus. “Espero que não tenhamos que chegar nesse patamar, mas se for necessário faremos em defesa da vida.”
As declarações de Doria foram dadas à Rede Globo nesta noite. O objetivo, explicou o governador, é que o isolamento englobe cerca de 70% da população em todo o Estado, patamar considerado ideal para desacelerar a doença. “Vamos fazer o teste neste final de semana. Se não elevarmos esse nível, que hoje é de 50%, para mais de 60% e caminharmos para 70%, na próxima semana, não apenas o governo do Estado, como também a prefeitura de São Paulo, tomarão medidas mais rígidas”, disse.
Ele disse contar com o apoio da população para que isso aconteça. A medida, reforçou, é importante para salvar vidas. “Essa não é uma indicação do governo, é uma indicação da medicina, da ciência, das pessoas que conhecem o problema e pedem que as pessoas fiquem em casa e não saiam”, declarou. “Se continuarem saindo, indo às ruas, se agrupando, fazendo o que não devem fazer, teremos mais pessoas infectadas e teremos mais mortes”, acrescentou.
Pelo terceiro dia consecutivo, o Brasil registrou novo recorde de mortes decorrentes do novo coronavírus em um único dia, nesta quinta-feira, 9. De ontem para hoje, foram 141 óbitos. No total, são pelos menos 941 vítimas da doença no País. O número total de casos oficialmente confirmados subiu de 15.927 para 17.857 casos, um aumento de 12% em apenas 24 horas. São Paulo é o Estado com maior número de casos (7.480) e de mortes (496).