João Doria (PSDB) é pré-candidato a presidente na eleição de 2022 e pode enfrentar um antigo aliado. Geraldo Alckmin (PSB) deve ser candidato a vice-presidente na chapa de Lula (PT). Em sabatina realizada pelo portal UOL e pela Folha nesta quinta-feira (28), Doria declarou que não entende por que Alckmin se aliou ao petista.
“Não tenho reservas em relação ao Alckmin. Tenho respeito e nunca cessamos o diálogo. Mas não compreendo a razão de ele estar ao lado de Lula”, declarou o ex-governador de São Paulo.
Doria explicou que teve um dilema com Alckmin por causa das prévias do PSDB.
“Quando ele me disse, quando eu era governador, que pretendia disputar o mandato, eu disse que entendia a decisão e que faríamos prévias no PSDB. Eu disse: ‘Você me ensinou que prévias engradecem democracia’. Eu participei de três prévias e venci. Ele disse: ‘De prévias não participo’. Então ficamos em um dilema. Eu não vejo razão para estabelecer um privilégio. Mas ele foi taxativo: ‘Ou sou indicado governador ou tomarei meu destino’. Ele tomou seu destinou e se desfiliou”, contou Doria.
O tucano também revelou que não conversa com Alckmin há quatro meses, mas disse que está aberto ao diálogo com ele.
“A última vez que conversamos foi em dezembro. E para que não haja interpretação de que essa falta de conversa significa afastamento, com quantos parentes nossos nós ficamos sem falar por três, quatro ou cinco meses? Isso não tira oportunidade e alegria de um encontro”, concluiu Doria.