Considerado um dos maiores doleiros do Brasil, Dario Messer, foragido da Justiça desde a ordem de prisão na operação Câmbio, Desligo, tem US$ 100 milhões (cerca de R$ 395 milhões) em bens no Paraguai.
O Ministério Público Federal do Brasil vem tentando repatriar metade desse valor, US$ 50 milhões.
A avaliação dos bens foi feita pela Secretaría Nacional de Administración de Bienes Incautados y Comisados (Senabico), órgão paraguaio responsável por gerir bens apreendidos de criminosos.
A Senabico, que também é responsável por administrar esses bens, confiscou sete fazendas, espalhadas por todo o país, 30 lotes de terrenos no luxuoso Paraná Country Club, em Assunção, uma granja e dois edifícios de luxo para escritórios.
Os lotes no Paraná Country Club formam, segundo a revista Época neste domingo (12), um terreno em que Messer tinha até uma estrada própria, separada do restante do condomínio, para acesso ao Rio Paraná.
Messer formou quatro empresas no Paraguai: a Chai, a Matrix Realty, a Pegasus Inversiones e a Gramonte. Todas sâo sociedades anônimas.
Em nome da Chai estavam as sete fazendas, nas regiões Oriental e Ocidental do Paraguai.
Na Região Oriental paraguaia, estão a Isla Alta, a Arca de Noé e Las Mañanitas. Na Região Ocidental, Pozo Anital, Thiago, Melissa e Diana.
A fazenda Diana era o xodó do doleiro. Era lá que Messir ficava quando queria descansar, e, à distância, controlar seu império.
Eram 8.700 hectares de plantações e 8.005 cabeças de gado. A administração feita pela Senabico já aumentou, em um ano de confisco do bem, para 8.993 cabeças.