O dólar interrompeu uma sequência de três dias de acomodação e encerrou nesta sexta-feira, 6, em alta firme no Brasil, batendo novo recorde de fechamento, em meio a receios de que o pacote fiscal do governo seja desidratado no Congresso e ao avanço da moeda norte-americana no exterior.
O dólar à vista encerrou o dia em alta de 1,13%, cotado a 6,0766 reais — no maior valor nominal de fechamento da história. Durante o dia, chegou a colar nos 6,10 reais. Com o movimento, a divisa dos EUA acumulou alta de 1,26% na semana e de 25,25% no ano.
Às 17h07, na B3 o dólar para janeiro — o mais líquido no Brasil atualmente — subia 1,42%, aos 6,0955 reais.
O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, refletindo um mercado ainda desconfiado sobre a capacidade do governo de equilibrar as contas públicas, enquanto a queda do minério de ferro e do petróleo no exterior pressionaram as blue chips Vale e Petrobras.
Dados do mercado de trabalho norte-americano e o anúncio de um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul também ocuparam as atenções de investidores da B3, mas a cautela com o cenário fiscal prevaleceu, tendo no radar ainda decisão de política monetária do Banco Central na próxima semana.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,48%, a 125.963,5 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 127.871,08 pontos na máxima e 125.833,31 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somava 21,6 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Na semana, com alta em dois pregões e queda em três, o Ibovespa conseguiu fechar no azul, com acréscimo de 0,24%.