O dólar opera em alta leve no mercado à vista em meio a uma ligeira valorização do iene e perdas de commodities nesta quinta-feira (8). Os juros futuros exibem viés de alta na esteira do dólar, mas contidos pelo alívio nos Treasuries.
Os ajustes são estreitos e refletem cautela moderada externa e um compasso de espera por dados dos EUA e comentários do presidente do Federal Reserve de Richmond, Tom Barkin (16 horas). No mercado local, com a agenda esvaziada, as atenções nesta manhã ainda ficam em palestra do presidente do BC, Roberto Campos Neto, no evento “Cadastro Positivo – 5 anos”, em São Paulo.
O presidente da República, Lula da Silva (PT), também realiza reunião ministerial das 9 às 15 horas, no Palácio do Planalto, com a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que retorna das férias. No encontro, o presidente deve cobrar agilidade dos ministérios nos cortes de gastos.
De acordo com dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop) do governo federal, os ministérios congelaram apenas 13,7% do previsto no decretado na semana passada para cumprir as regras fiscais dentro do prazo. Dos R$ 15 bilhões necessários para conter as despesas de 2024 e evitar descontrole nas contas, R$ 2,1 bilhões foram congelados até terça-feira – data-limite estipulada pelo decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No Poder Executivo, 21 órgãos (ministérios e agências autônomas) apontaram cortes – incluindo o Ministério da Educação, que congelou verbas do programa Pé-de-Meia – enquanto outros 27 ainda não o fizeram, entre eles Saúde, Cidades e Transportes, que estão entre os mais atingidos, de acordo com dado. A reunião tem a finalidade ainda de organizar a atuação da equipe nas eleições municipais e cobrar o andamento de projetos do governo. Será a segunda reunião ministerial do ano.
Às 9h30, o dólar à vista subia 0,42%, a R$ 5,6471. O dólar para setembro ganhava 0,35%, a R$ 5,6446.