O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou pedidos de abertura de dois inquéritos decorrentes da delação do ex-governador Sérgio Cabral (MDB) ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). Os casos envolvem ao menos dois desembargadores e um procurador de Justiça, segundo informações da coluna Painel. As investigações devem ser distribuídas nos próximos dias, definindo os ministros relatores. A colaboração de Cabral, feita com a Polícia Federal, já gerou 12 inquéritos no STF.
A chegada dos anexos do ex-governador do Rio no STJ é uma das partes mais complexas da colaboração. Há ministros da corte delatados. A distribuição dos casos vai se dar de maneira aleatória, já que não há assuntos relacionados sendo investigados na corte.
Entre os delatados que serão investigados sob a guarda do STJ está Luiz Zveiter, que foi presidente do Tribunal de Justiça do Rio. Cabral também envolveu políticos, como o deputado Aécio Neves (PSDB-SP).
Ainda de acordo com a coluna, no STF, além das 12 novas investigações, Fachin também mandou material para dois inquéritos que já estão em andamento. Apesar de ter sido contrária à delação do emedebista e ter tentado inclusive derrubá-la com um recurso, a PGR (Procuradoria-Geral da República) disse nos autos não se opor a dar encaminhamento à abertura das apurações.