Alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, afirma que o país asiático regrediu na área; pelo menos 2.890 pessoas morreram e 1,2 milhão se tornaram deslocadas internas.
Neste 1 de fevereiro, faz dois anos do golpe militar em Mianmar, a antiga Birmânia. Segundo as Nações Unidas, o país tem sofrido um regresso, desde então, em todas as áreas mergulhando, ainda mais, numa crise humanitária profunda.
Abaixo da linha da pobreza
A declaração é do alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Türk. Segundo ele, ao derrubar um governo eleito democraticamente, os militares birmaneses aprofundaram o país numa crise econômica, social, cultural, política, civil e de direitos humanos.
A ONU afirma que fontes críveis dão conta de 2.890 mortes pelas mãos dos militares desde o início do golpe. Deste total, 767 morreram sob custódia do Estado. E por causa da violência, 1,2 milhão de birmaneses se tornaram deslocados internos. A quantidade de pessoas que deixaram o país ultrapassa 70 mil. E antes do golpe, 1 milhão de muçulmanos rohingya já tinham fugido por causa de ataques e perseguição.
A economia de Mianmar também fracassou. Hoje, quase metade da população vive abaixo da linha da pobreza.
Consenso de Cinco Pontos
O alto comissário da ONU diz que é preciso haver uma maneira de tirar o país dessa situação catastrófica que apenas agrava o sofrimento humano e as violações de direitos humanos, diariamente.
Türk lembrou que líderes regionais iniciaram um diálogo com a Junta Militar de Mianmar, através do Associação de Nações do Sudeste Asiático, Asean.
Eles acordaram um Consenso de Cinco Pontos que os militares birmaneses “trataram com desdém”. E a proposta de cessar toda a violência e permitir o acesso humanitário ainda não foi alcançada.
O chefe de direitos humanos disse que todos os responsáveis pelos ataques diários contra civis e pelas violações de direitos humanos devem ser responsabilizados. Para ele, é hora de o mundo se unir e acabar com as mortes em Mianmar protegendo os civis.