O PL, partido de Jair Bolsonaro, afirmou que o senador Marcos Do Val, alvo de uma apuração da PF por supostos atos golpistas envolvendo Bolsonaro, pediu para se filiar à sigla na última segunda-feira (30/1). Ficou acertado que Do Val assinaria a ficha de filiação nesta quinta-feira (2/2), na sede da sigla em Brasília. Mais cedo, Do Val acusou Jair Bolsonaro de coagi-lo em uma operação golpista que envolvia gravar o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Depois, recuou e jogou a responsabilidade ao ex-deputado Daniel Silveira. As informações são de Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
Nesta quarta-feira (1º/2), primeiro dia do novo mandato legislativo, o PL perdeu seu primeiro senador. Carlos Viana, de Minas Gerais, migrou para o Podemos. Assim, a sigla de Bolsonaro ficou com 12 senadores e se afastou mais do PSD, que tem a maior bancada da Casa, com 15 parlamentares. A vinda de Marcos Do Val, segundo a assessoria de imprensa do PL, reforçaria as fileiras do partido de Bolsonaro e diminuiria essa diferença.
Desde a madrugada desta quinta-feira (2/2), o senador Marcos Do Val fez diversas acusações contra Jair Bolsonaro e detalhando um suposto plano para dar um golpe de Estado. Primeiro, Do Val afirmou que, em uma reunião no Palácio da Alvorada com o ex-deputado Daniel Silveira, Bolsonaro o coagiu a gravar ocultamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Depois, voltou atrás e disse que o pedido partiu apenas de Silveira, enquanto Bolsonaro apenas teria ficado calado. Nessa nova versão de Do Val, o encontro aconteceu, na verdade, no Palácio do Jaburu ou até na Granja do Torto. Também recuou na intenção de renunciar ao mandato de senador.
Do Val terá de prestar um depoimento à Polícia Federal, por ordem de Moraes, ainda nesta quinta-feira (2/2).