Nos bastidores da política em Brasília, a advogada Karina Kufa é a mulher mais forte da família Bolsonaro.
Conforme publicou a revista IstoÉ, ela seria uma advogada do baixo clero em São Paulo, mas na campanha de 2018 se aproximou do deputado Eduardo e de seu pai. Graças a isso, recebeu R$ 100 mil para fazer a prestação de contas da campanha. Com prestígio junto aos Bolsonaros, propôs um contrato de R$ 1 milhão ao PSL para fazer o “compliance” de 14 doadores da campanha de Jair, mas o advogado Gustavo Bebianno, então coordenador da campanha, não permitiu. Afinal, havia um grupo de advogados, coordenado por Thiago Ayres e Aldairton Carvalho, que trabalhava sem nada cobrar. Depois da eleição, ela passou a receber R$ 40 mil por mês do PSL e faturou R$ 100 mil na defesa da senadora juíza Selma, hoje no Podemos.
Marketing
A única que queria ser bem paga no PSL era a própria Kufa. Ela chegou a propor um contrato de marketing de R$ 500 mil ao partido, novamente barrado por Bebianno. Mas, com respaldo de Eduardo, foi tomando conta do “jurídico” da legenda. Depois da crise dos Bolsonaros com o PSL, a advogada foi demitida pelo presidente da sigla, Luciano Bivar.
Tesoureira
Atualmente, Karina Kufa está cuidando da criação da “ Aliança pelo Brasil ”, o novo partido do clã, que deverá ser presidido pelo presidente e terá como vice seu filho, o senador Flávio . Até o caçula do presidente, Renan, terá assento como vogal no novo partido. Sintomaticamente, Karina será a tesoureira da nova legenda.