A menos de três semanas da eleição, a corrida presidencial continua em aberto, mas com a tendência de uma polarização entre os candidatos que representam os extremos ideológicos.
De um lado, o líder nas pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL), representando a direita, e de outro, Fernando Haddad (PT) ou Ciro Gomes (PDT), representando a esquerda, que aparecem empatados com 13% das intenções de votos, segundo a última pesquisa Datafolha divulgada.
Os candidatos que buscaram o caminho do meio, Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB), recuaram.
Haddad se firma como candidato competitivo, recebendo votos do eleitorado mais fiel ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atingindo frontalmente a estratégia de Ciro Gomes de se apresentar no Nordeste como alguém que iria receber os votos do ex-presidente.
Ciro, que há uma semana subiu nas pesquisas, nesta, se manteve. Isso mostra que a estratégia do PT de colar Haddad na imagem de Lula e insistir no nome do ex-presidente foi correta. Haddad, até aqui, esté herdando os votos de Lula, sobretudo no Nordeste, e entre os eleitores de menor renda e menor escolaridade.
Jair Bolsonaro está internado no hospital Albert Einstein em São Paulo e se mantém como candidato competitivo – até aqui, com vaga garantida no segundo turno. Ele ampliou a vantagem para os outros candidatos (subiu de 24% para 26%), ao mesmo tempo em que viu também aumentar a sua rejeição: oscilou um ponto de 43% para 44%.