Disputa pela Bamin inclui Vale e mineradora inglesa, e negócio pode superar os R$ 6 bilhões

A disputa pela Bahia Mineração (Bamin) está mais acirrada. Além da Vale, através de consórcio formado com Cedro Mineração e BNDES, a que a mineradora Brazil Iron, com sede no Reino Unido mostrou interesse e já teria feito uma proposta à Eurasian Resources Group (ERG), atual controlador da Bamin. O negócio está avaliado em cerca de US$ 1,2 bilhão, ou pouco mais de R$ 6 bilhões.

O empreendimento inclui a mina de ferro Pedra de Ferro, localizada em Caetité (BA), no sudoeste baiano; um trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol); e participação no Porto Sul, em Ilhéus (BA), onde minério será escoado. Além do valor para aquisição, deverão ser necessários investimentos da ordem de R$ 25 bilhões para operação do negócio.

O grupo ERG, que tem sede em Luxemburgo e participação acionária da República do Cazaquistão, assumiu o controle da Bamin em 2010, e vem buscando um comprador para o projeto.

As negociações com o consórcio formado pela Vale, Cedro Mineração e BNDES estavam avançados. A Vale assumirá o controle acionário, detendo entre 50% e 60% das ações. A Cedro Mineração deteria até 30%, com o restante ficando com BNDES.

A entrada da Brazil Iron na disputa é recente, conforme divulgou o jornal Valor Econômico. A mineradora inglesa já possui um outro projeto na Bahia, de extração em uma área entre municípios de Piatã, Abaíra e Jussiape, um investimento projetado em US$ 5 bilhões, ou R$ 27 bilhões. Além do beneficiamento de minério, prevê expansão ferroviária e instalação de plantas siderúrgicas para produção de ferro briquetado a quente (HBI). Fontes do setor indicam sinergia entre os dois projetos, que, além da proximidade geográfica podem compartilhar infraestrutura ferroviária.