A indicação do nome de Fernando Wandscheer, atual secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, para a diretoria da Agência Nacional do Petróleo (ANP) chamou atenção segundo a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, de representantes do setor de energia.
Wandscheer não tem nenhuma experiência no setor de óleo e gás em um momento em que a ANP está discutindo temas complexos, como o preço dos combustíveis e as mudanças regulatórias para abertura do mercado de gás natural.
Recentemente, associações representantes da indústria chegaram a assinar um manifesto pedindo agilidade na escolha de nomes para a ANP, para conseguir cumprir uma agenda complexa de modernização do setor.
Outro nome que segue na disputa, porém com restrições de boa parte do setor de energia, é o de Symone Araújo. A atual diretora tem ampla experiência na área, foi diretora de gás do Ministério de Minas e Energia por mais de uma década, entre 2009 e 2020, mas perdeu o apoio de parte do setor privado, ao se afastar de pautas como a defesa do Novo Mercado de Gás e a aprovação do Novo Marco Regulatório do Gás Natural.
Para o mercado, a aproximação com segmentos contrários à abertura de mercado e de defensores do monopólio, como as distribuidoras de gás, prejudica sua recondução.