As indicações de que outros nomes poderão entrar em campanha têm mostrado, na avaliação de senadores, que o cenário amplamente favorável para Alcolumbre convive com focos de rejeição e descontentamento.
Além de servirem como termômetro para os posicionamentos dos parlamentares, as insinuações sobre novos candidatos na disputa podem servir para que bancadas negociem com Alcolumbre presenças maiores numa futura gestão da Casa.
Na oposição, estratégia é incerta
A oposição ainda está incerta sobre a possibilidade de ter um nome próprio na disputa. Senadores do grupo se dividem entre declarar apoio a Alcolumbre e lançar um representante da ala como candidato.
Líder do grupo na Casa, o senador Marcos Rogério (PL-RO) diz que os senadores de oposição devem avaliar melhor o posicionamento após as eleições municipais, marcadas para outubro.
Já o vice-líder do bloco no Senado, Eduardo Girão (Novo-CE) entende que o bloco deve se dividir: “Vamos trabalhar para ter um nome”.
Por outro lado, o líder da Minoria no Congresso, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), disse ao g1 que seu partido vai apoiar Alcolumbre na disputa.
“Davi Alcolumbre foi presidente do Senado por dois anos, durante o governo Bolsonaro, e soube manter o equilíbrio entre os Poderes, respeitou governo e oposição com proporcionalidade partidária”, diz Flávio.
O MDB, que presidiu a Casa por anos, também não fechou um posicionamento, que tem sido debatido pelo líder da sigla, Eduardo Braga (AM).
Membros do partido sinalizam que haveria desejo de Renan Calheiros (AL) em disputar mais uma vez o cargo.