A versão ilusória sobre a pandemia e o meio ambiente e o afago explícito aos conservadores que marcaram o segundo discurso de Jair Bolsonaro na ONU não foram suficientes agradar o grupo mais radical de apoiadores do presidente, dentro e fora do governo.
Segundo auxiliares de Bolsonaro afirmaram a coluna de Bela Megale, os ideológicos avaliaram que a fala veio muitos tons abaixo do que esperavam. A expectativa do grupo era de que Bolsonaro seguisse a linha de seu primeiro discurso na ONU, feito em setembro do ano passado, recheado de ataques indiretos a outros líderes internacionais, críticas a Cuba, Venezuela e à mídia, com diversas referências negativas ao “socialismo”.
Já os militares e ministros mais moderados do governo celebraram a fala de Bolsonaro e a classificaram com mais “amena” e “conciliatória” do que a do ano passado. O presidente contou com a ajuda do ministro do GSI, general Heleno, e com o almirante Flávio Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, para revisar seu discurso.