Estrategicamente, o marketing eleitoral do presidente Jair Bolsonaro tenta manter o pragmatismo do discurso que o elegeu. Isso caracteriza o vídeo conclamando os aliados e eleitores para manifestação pró-Governo dia 15 de março.
Bolsonaro mantém o tom patriota contra a ‘velha política’, contra tudo e todos. Isso não traz novos eleitores, mas fideliza o seu. É o que o que o presidente e seu staff pretendem, e assim ele mantém a dianteira para 2022.
Segundo a coluna Esplanada, Bolsonaro sabe que, sem partido nas eleições municipais, corre sério risco de sair enfraquecido nos Estados no fim do ano. As manifestações populares serão seu artifício para peitar o jogo partidário atuante em Brasília.
Sem candidatos de um partido seu, Bolsonaro pode ver a ascensão do DEM, de Rodrigo Maia, e dos partidos do Centrão – sua maior dificuldade de acordos no Congresso.
Um tom ufanista exacerbado, um discurso de vitimização desnecessário, e uma indicação de que é o salvador da Pátria. O vídeo que viralizou tem isso, mas em nenhum momento cita ataques ao Congresso Nacional e ao STF. A interpretação é livre.