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Segundo o colunista Carlos Madeiro, no portal Uol, o diretório estadual do PT em Alagoas contratou um advogado para cuidar dos “serviços advocatícios” do partido no estado. No entanto, a decisão vem sendo criticada por militantes da sigla.
De acordo com a publicação, a insatisfação se dá pelo fato de advogado contratado ser Guilherme Barbosa, filho do presidente do PT em Alagoas, Ricardo Barbosa. Além disso, a sigla destina quase 40% do R$ 1 milhão destinado a pagar serviços. O montante é fruto doações pelo diretório nacional do partido.
Ao todo, o PT repassa R$ 399 mil diretamente para a empresa individual de Guilherme, aberta em julho de 2022. Nesse mesmo ano, a firma recebeu R$ 10 mil do diretório estadual do partido, que já presidido por Ricardo, e mais R$ 115 mil de outros candidatos petistas.
De acordo com a prestação de contas parcial do diretório estadual, o PT alagoano recebeu, até a última sexta-feira (27), R$ 2,3 milhões do diretório nacional da sigla para a campanha no estado. No entanto, R$ 1,24 milhão foi repassado a candidatos ou diretórios municipais e o restante para o pagamento de serviços.
O caso vem gerando críticas por parte da militância, que aponta para a falta de critério na escolha de Guilherme como diretório do PT, além dos repasses insatisfação dos repasses feitos.
Em nota, o PT de Alagoas diz que a “Comissão Executiva Estadual aprovou em reunião, por ampla maioria, a distribuição de recursos e contratações de serviços coletivos, inclusive jurídico e contábil, tudo de forma transparente e em atendimento aos critérios e demais requisitos exigidos por sua Direção Nacional”.
“O partido reforça que todas as contratações e prestações de contas, até aqui parciais, foram informadas à Justiça Eleitoral, reiterando seu compromisso com a verdade e a legalidade. A direção do PT reafirma sua unidade e determinação em enfrentar os ataques, mantendo-se firme na luta pelo fortalecimento das suas bandeiras e pela defesa de suas lideranças”, diz outro trecho do documento.
Ainda na nota, o PT alagoano classifica as críticas, inicialmente feitas na imprensa alagoana, como “ataques midiáticos que visam desqualificar a destinação de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha”.
“Esses ataques, classificados pelo partido como parte de uma estratégia fascista de difamação política recorrente nos últimos períodos eleitorais, têm o objetivo de desestabilizar a legenda e sua liderança, recorrendo a táticas autoritárias e infundadas para atacar o PT e sua militância”, diz o diretório estadual do PT.
