A sucessão de gafes de Luiz Inácio Lula da Silva e o clima de improviso no PT aumentaram a pressão pela profissionalização da pré-campanha.
“Tem que criar um gabinete estratégico, fazer reunião de coordenação toda manhã, chamar os aliados a cada 15 dias”, disse José Dirceu, que presidiu o partido e coordenou a vitória de Lula em 2002, durante ato das centrais sindicais no domingo (1º).
Otimista, ele acredita em melhora após a oficialização da pré-candidatura, no sábado (7). Mas pretende atuar apenas nos bastidores. “Se eu apareço, atrapalho”.
Amigo do ex-ministro Franklin Martins há décadas, Dirceu diz que os problemas na comunicação da campanha foram mais uma questão de falta de relacionamento pessoal que uma crise propriamente dita. “Está cheio de empresa que entende de comunicação, tem que terceirizar. Até empresas de direita que aceitariam trabalhar conosco nesse momento”, afirma
Para ele, o principal problema da campanha nesse momento são os palanques estaduais, especialmente São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. “Se conseguirmos uma vantagem nesses estados, mais a vitória que teremos no Nordeste, a eleição está ganha”, afirma.