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quarta-feira 22 de março de 2023 às 11:59h

Dino detalha operação contra facção que planejava matar Moro e outras autoridades

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, detalhou nesta quarta-feira (22) a operação da Polícia Federal para prender integrantes da facção que planejava ataques contra o senador Sergio Moro (União Brasil), contra o promotor Linconln Gakiya e contra outras autoridades.

De acordo com o ministro, embora a operação tenha sido iniciada por cinco estados, foi identificada a intenção de um “ataque nacional”, “uma ação de intimidação em relação ao conjunto de autoridades públicas. Uma ação que tem porte terrorista, no sentido de intimidar o poder estatal”, ressaltou o ministro em entrevista coletiva.O número de alvos que o PCC pretendia atacar também pode aumentar de acordo com a análise de documentos e informações que surgirão a partir da Operação Sequaz. “Até agora temos identificados que eles tinha quatro ou cinco alvos, mas esse número vai aumentar”, analisou Dino.

Os mandados de prisão e busca e apreensão são cumpridos, nesta quarta, em cinco unidades da Federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. De acordo com as diligências da PF, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados estão nos estados de São Paulo e Paraná. Nove pessoas foram presas.

A polícia começou pelo Paraná e por São Paulo por ter identificado uma possível ação imediata do PCC contra os alvos, mais especificamente, o ex-juiz Sérgio Moro.

“O senador Moro era um dos alvos possíveis. E havia outras autoridades. Chamou a atenção o fato de já haver montagem de estruturas para perpetuação de crimes no Paraná. Por isso, parte da operação foi realizada lá. Havia paredes falsas sendo preparadas em casas, que poderiam ser para armazenar armamentos ou guardar pessoas. Aparentemente, essa organização criminosa é nacional. Um movimento de retaliação”, completou Dino.

“Acusações levianas”

O ministro também ressaltou na coletiva ter se indignado com as associações feitas sobre declarações dele e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à organização criminosa que pretendia agir contra o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil/PR).

Em fala horas após operação da Polícia Federal, Dino afirmou que “é vil, é leviana, é descabida qualquer vinculação a esses eventos com a política brasileira”.

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