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sexta-feira 10 de maio de 2024 às 10:44h

Dinheiro esquecido: brasileiros ainda não resgataram R$ 8 bilhões; saiba como consultar

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,02 bilhões em recursos esquecidos no Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central (BC)

Segundo balanço divulgado nesta semana pelo BC, até agora, o sistema devolveu R$ 6,54 bilhões, de um total de R$ 14,56 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras. As estatísticas do BC são divulgadas com dois meses de defasagem.

Em relação ao número de beneficiários, até o fim de março, 19.842.315 correntistas haviam resgatado valores. Isso representa apenas 31,1% do total de 63.800.451 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 18.720.053 são pessoas físicas e 1.122.262 são pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 40.746.526 são pessoas físicas e 3.211.610 são pessoas jurídicas.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em março, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando foram resgatados R$ 218 milhões.

Que dinheiro é esse?

A maioria dos valores está em bancos, seguido por administradoras de consórcio, financeiras, cooperativas, instituições de pagamento, corretoras e distribuidoras. O saldo que é contabilizado é o de contas já encerradas, ou provenientes de devolução de tarifas cobradas indevidamente.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,54% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 24,95% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,75% dos clientes. Só 1,76% têm direito a receber mais de R$ 1 mil.

Também foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba valores de contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente. Saiba mais aqui.

Como consultar

Para conferir se há algum valor em seu nome que pode ser sacado, basta entrar no site oficial do SVR (https://valoresareceber.bcb.gov.br) inserir o CPF com data de nascimento, no caso de pessoas físicas, e para jurídicas, colocar o CNPJ e data de abertura da empresa. Se houver algum valor a receber, basta clicar em “Acessar SVR”. O modo de devolução é por TED, DOC ou via Pix.

Vale lembrar que herdeiros também conseguem fazer a consulta de valores de falecidos, tendo em mãos o CPF e data de nascimento da pessoa que morreu.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Sistema de Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do SVR pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

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