Flagrado no Palácio do Planalto no momento em que a sede do Executivo era invadida por manifestantes, no dia 8 de janeiro, o general Gonçalves Dias havia relatado segundo Sérgio Roxo, do O Globo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sua ida ao local no dia. Segundo aliados contudo, ele não informou a dimensão da participação de seus subordinados no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no episódio.
As imagens mostram Dias interagindo com alguns invasores, indicando a saída do terceiro andar, onde fica o gabinete presidencial. Em outro momento, outro integrante da pasta oferece água aos vândalos que destruíam o Palácio do Planalto. Auxiliares de Lula também dizem que o governo não conhecia as imagens reveladas pela CNN Brasil.
Dias pediu demissão do cargo na tarde desta quarta-feira (19), o que foi prontamente aceito por Lula. O general Marcos Edson Gonçalves Dias, mais conhecido como GDias, atuou no comando da segurança pessoal do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre 2003 e 2009.
Na época, ficou conhecido como “sombra” de Lula, ao estar ao lado do petista em todos os deslocamentos, de compromissos oficiais a programas mais amenos, como pescaria.
Após as duas primeiras gestões de Lula, GDias foi chefe da Coordenadoria de Segurança Institucional da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Neste período foi promovido ao posto de general.