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O diretor do Festival de Jazz do Capão, Rowney Scott, pegou a cena cultural de surpresa ao anunciar nas redes sociais o cancelamento do evento deste ano devido à ruptura na parceria com a Secretaria de Cultura da Bahia (Secult). Em um vídeo, ele declarou que desde 2017 o festival contava com o apoio da pasta por meio do Edital de Projetos Calendarizados, que fornecia apoio financeiro para eventos.
No entanto, em janeiro deste ano, a equipe do festival protocolou uma carta ao secretário Bruno Monteiro solicitando uma reunião para discutir a continuidade do edital, mas não obteve resposta. Na publicação, Rowney considerou a posição da Secult como “falta de consideração e de interesse” com o evento, que já teve 10 edições no Vale do Capão. “O festival de Jazz do Capão já superou a censura de um governo fascista, e com certeza sobreviverá a esse momento difícil e inesperado”, disse conforme o jornal Tribuna da Bahia.
Procurada, a Secult se manifestou sobre o caso e disse que o Edital de Eventos Calendarizados teve seu prazo encerrado em 2020, e embora tenha sido prorrogado, não houve a necessidade de lançar um novo edital para financiar os eventos em 2021 e 2022.
“Reconhecemos a importância do Festival de Jazz do Capão e dos demais eventos calendarizados do estado da Bahia. No entanto, nos cabe esclarecer que o Edital de Eventos Calendarizados teve seu prazo encerrado em 2020 e foi estendido pela gestão passada, o que garantiu o financiamento dos eventos em 2021 e 2022 sem precisar disputar um novo edital. Esse prazo encerrou em dezembro de 2022”.
A Secretaria afirmou que está criando um novo edital que abrangerá três edições dos eventos financiados anteriormente, mas não especificou uma data para o lançamento. “Desde o início da atual gestão, temos trabalhado para lançar um novo edital atendendo os novos marcos legais do MROSC, com uma execução garantida de no mínimo 3 anos de financiamento aos eventos contemplados, inclusive prevendo uma ampliação na quantidade de eventos atendidos”, emenda a nota.
“Com certeza teremos à frente a continuidade de eventos e manifestações culturais tão importantes para nosso calendário baiano, após esse necessário ajuste legal. Ainda este ano o novo edital será lançado para apoiar eventos calendarizados a partir do ano que vem”, finaliza a Secult. Bruno Monteiro não foi encontrado para comentar.
