A desembargadora Ilona Márcia Reis, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), alvo de um mandado de prisão temporária em nova fase da Operação Faroeste nesta segunda-feira (14), construiu sua carreira no Ministério Público da Bahia (MP-BA) e foi indicada pelo ex-governador e atual senador Jaques Wagner (PT) ao cargo. Ilona Márcia Reis estava há 7 anos no TJ-BA.
A magistrada foi um dos alvos da Polícia Federal na nova fase da operação, que cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em Salvador, Barreiras, Catu e Uibaí, além do Distrito Federal, em Brasília. Os mandados foram expedidos pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na decisão, o ministro afirmou que “o conjunto probatório colacionado aos autos revela a suposta existência de uma engrenagem judicial criminosa no seio do Tribunal de Justiça baiano, que possui a venda de decisões como mercadoria para o enriquecimento ilícito em escala geométrica”.
Histórico
Segundo o Bnews, Ilona Márcia Reis é formada em Direito pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e ingressou no MP-BA em em 1978, atuando como promotora de Justiça das comarcas de Central, Mutuípe, Conceição do Coité, Mata de São João e Gandu. Foi promovida para a capital em 1991, onde atuou nas Promotorias de Justiça de Família e da Fazenda Pública. Em 1997, foi promovida ao cargo de procuradora de Justiça.
Em 16 de outubro de 2013, Ilona foi indicada por Wagner para ser desembargadora do TJ-BA NA vaga reservada ao Quinto Constitucional, que destina, de acordo com o art. 94 da Constituição Federal, um quinto dos lugares dos Tribunais dos Estados a membros do Ministério Público e advogados com mais de dez anos de carreira, indicados em lista sêxtupla pelos respectivos órgãos de classe.
Desembargadoras da Bahia são presas alvo de operação da Polícia Federal